Pela primeira vez, a AF Setúbal esteve representada por quatro atletas num estágio de preparação da Seleção Nacional de futsal feminino sub-16. Às repetentes Ana Assucena, Mariana Alberto e Carolina Santana somou-se o nome de Ana Mafalda Barboz, em estreia absoluta nas convocatórias federativas.



Carolina Santana, Ana Assucena, Mariana Alberto e Mafalda Barboz 

(na foto, da esquerda para a direita)


A jornada começou no dia 30 e os quatro dias de concentração na Cidade do Futebol terminaram esta quinta-feira, com Mafalda Barboz a descrever ao afsetubal.fpf.pt o sentimento de uma experiência… intensa.

 

Começou a dar os primeiros pontapés na bola há quatro anos no Quintajense FC, mas o talento que lhe é reconhecido rapidamente a levou a centrar atenções e o convite para vestir a camisola do Palmelense FC, onde passou a atuar esta época. Um percurso que tem sido pontuado, naturalmente, com recorrentes chamadas a representar a seleção distrital.

 

Alô!

 

E eis que chegou o momento de um telefonema. “Ligaram-me a dar os parabéns e eu nem sabia do que se tratava”, revelou a jovem futebolista sobre o instante em que ficou a saber que o seu nome constava na lista de jogadoras a integrar o estágio nacional das sub-16.

 

“Nem sei explicar o que senti. Fiquei muito contente. Não estava, mesmo, nada à espera”, confessou.

 

Certo é que a porta da seleção nacional estava aberta e até à entrada em campo houve “ansiedade e um certo nervosismo”. Sentimentos, que rapidamente foram ultrapassados, até porque havia "uma enorme confiança" reforçada por três colegas e amigas com quem tem partilhado os palcos da região e a camisola distrital e que “contribuíram para que a adaptação fosse rápida”.



 

A 100 à hora

 

Nos quatro dias de estágio, Mafalda Barboz sentiu o peso das Quinas. “Admito que foi muito cansativo. Há muita intensidade e uma dose de responsabilidade acrescida em todos os momentos. Mas, no final, o sentimento é muito gratificante. Soube muito bem vestir o equipamento com as Quinas ao peito. Aprendi muito e estou muito feliz”, libertou.

 

Entre o que mais a marcou, a jovem estreante na Cidade do Futebol aponta “o espírito de grupo” que encontrou e partilhou.

 

“Em apenas quatro dias isso foi notório e faz toda a diferença. Dentro e fora do campo”, assegurou.

 

A importância de representar a AF Setúbal

 

Aos 15 anos, Mafalda Barboz, como gosta de ser chamada, foi uma das 14 guerreiras que recentemente se sagraram vice-campeãs na edição 2018 da Fase Final do Torneio Nacional Interassociações sub-16, em nome da AF Setúbal.



 

Um estatuto que, aliado ao percurso no seio dos trabalhos e competições da AF Setúbal, considera ter sido determinante para a estreia na lista federativa.

 

“Claro que foi decisivo. Se não fosse a visibilidade conseguida pela nossa seleção distrital, coroada com a discussão do troféu interassociativo, talvez nunca tivesse tido esta oportunidade”, admitiu a futebolista.

 

Barboz não hesitou em reforçar: “Já olham para as jogadoras da AF Setúbal com outro reconhecimento. Sabem que temos qualidade e isso tem vindo a ser provado”.



 

E à pergunta: Há o desejo de voltar a ser convocada para a equipa nacional? A resposta sai que nem um foguete. “Sim, com certeza. Quero voltar a ter mais oportunidades e vou fazer por isso. Acho que é possível, tenho confiança e motivação para seguir a trabalhar nesse sentido”…

 

Entretanto, recorde-se que a Seleção Nacional feminina sub-16 tem em vista a participação no Torneio de Desenvolvimento da UEFA, que se realizará no norte de Portugal entre os dias 12 e 16 de maio.