À quarta internacionalização como a camisola da Equipa das Quinas, a jovem futsalista Inês Padinha Silva festejou o primeiro golo em nome de Portugal. Aconteceu esta quarta-feira, no pavilhão do Portugal Cultura e Recreio, no Seixal, recinto que serviu de palco ao segundo dos dois jogos de preparação realizados entre as seleções de futsal feminino sub-17 de Portugal e da Rússia.

A ala/pivô que envergou a camisola 8 de Portugal exibiu-se em grande plano nos dois jogos diante da Rússia

Depois de na terça-feira, as futsalistas lusas terem averbado um desaire, por 4-0, esta tarde, o desfecho foi semelhante, mas com a diferença de dois golos (3-1) e com a formação nacional a conseguir evidenciar a eficácia ofensiva, num golo que teve assinatura de uma jogadora formada na nossa região.

Um ano e nove meses depois de se estrear ao serviço de Portugal, precisamente em dois desafios de caráter particular, diante da Rússia, Inês Padinha reencontrou um conjunto adversário que lhe está destinado a ficar marcado na carreira.

Instada pelo afsetubal.pt a libertar sentimentos sobre o dia de hoje, a jovem futsalista almadense, de 16 anos, que atua no Futsal Feijó – Associação Desportiva do larajerio e Feijó e que representou as seleções distritais de futsal feminino da Associação de Futebol de Setúbal, não hesitou em destacar a “gratidão” e o “orgulho”.

“Não cheguei aqui por mérito totalmente meu, é também mérito de todas as pessoas que me ajudaram a evoluir e acreditaram em mim. Sinto orgulho de mim, porque sempre trabalhei muito para isto, há muito trabalho para lá do clube, e é sempre um enorme privilégio representar Portugal”, assumiu.

O golo marcado, o primeiro por Portugal surgiu no segundo desafio de uma jornada que revelou um conjunto da Rússia reconhecidamente superior, pelo que os dois desaires averbados não causam grande surpresa.

Momento dos festejos do golo assinado por Inês Padinha

“Neste segundo jogo houve um crescimento da equipa, estivemos melhor. Queremos sempre ganhar, mas nestes jogos, o mais importante, é a evolução coletiva e individual e nesse aspeto, saímos vitoriosas”, analisou Inês Padinha, sobre o duplo embate diante das russas e aquilo que esta jornada acrescentou à jovem seleção lusa.

Pelo seu percurso formativo, paixão pela modalidade e porque o seu valor tem merecido o reconhecimento regional e nacional, Inês Padinha é uma referência do nosso futsal no feminino.

Contudo, admitindo que “o futsal feminino está longe de estar equiparado ao masculino, apesar dos grandes avanços que já aconteceram”, Inês Padinha gostaria que o protagonismo que assumiu esta quarta-feira fosse inspirador para que mais meninas praticassem a modalidade. “Este golo teve um significado enorme para mim”, revelou, lembrando que segue a máxima: “nunca desistir e acreditar que é sempre possível”.