Naná avalia presença fabrilista na final da Taça de futsal
No dia seguinte às emoções vividas na final da Taça de Portugal, o treinador da equipa do GD Fabril/Auto Kuatrus liberta sentimentos de um momento histórico.
A equipa de futsal do Grupo Desportivo Fabril do Barreiro/Auto Kuatrus viveu este domingo o culminar de uma jornada memorável.
No Multiusos de Gondomar, o conjunto fabrilista disputou a final da Taça de Portugal, numa presença inédita para o futsal do clube e da região.
Numa versão competitiva de três dias que envolveu oito concorrentes, a formação do GD Fabril/Auto Kuatrus começou por eliminar o Farense (6-2), abriu as portas do jogo decisivo depois de ultrapassar o Modicus (3-2) e subiu ao palco do encontro maior para defrontar o Sporting, adversário que arrastava todo o favoritismo e acabou por vencer o troféu (6-2), mas, refira-se, ao intervalo da partida o verde do emblema barreirense brilhava mais forte, com o parcial a fixar uma vantagem do Fabril, por 2-1.
“A final era desejo muito grande”
“Foi híper-positivo, um conquistar de coisas novas, com base em muito esforço e muita dedicação”, não hesitou em defender ao afsetubal.fpf.pt Fernando Paiva (Naná), treinador dos fabrilistas, num balanço inicial à histórica participação da equipa na Final Eight da edição 2018 da Taça de Portugal.
Naná vincou que esta jornada competitiva “reflete o que é o futsal” e afirmou que “a presença na final era um desejo muito grande que tinha enquanto treinador”. Uma ambição que com o evoluir da equipa passou a ser um objetivo, porque, admite, “ganhar a Taça era um sonho, praticamente, impossível”.
Por isso, na véspera da final, reunido com os jogadores no hotel, a palavra de ordem foi “desfrutar” de um momento competitivo único. “Partilhamos o que nos ia na alma e disse-lhes que para tentarmos ter a maior posse de bola possível para desfrutar do jogo”, revelou.
Instado a apontar o melhor momento vivido na competição, Naná foi perentório: “a foto coletiva com as duas equipas e respetivos staff, registada no jogo da final”.
A importância para a região
Naná gostaria que o feito do futsal fabrilista “fosse um tónico para a modalidade na região”. “Os clubes devem pensar maior, mais alto e não resumirem objetivos a ganhar o jogo ao vizinho do lado”, desafiou o treinador que liderou um plantel com apenas dois atletas que não nasceram para o futsal no distrito de Setúbal.
“Há que reforçar os clubes existentes e fortalecer os seus projetos, porque a solução pode não estar na criação de clubes”, argumentou.
Época de contrastes e o futuro
Se a parte positiva da temporada do futsal sénior fabrilista foi a estada na final da Taça, a menos agradável foi a despromoção à II divisão nacional, que deixou “muito triste” o técnico. “Sou responsável pelos dois desfechos”.
Naná diz que esta foi uma época de muito trabalho e desgastante, pelo que o futuro do futsal sénior será determinado pela estrutura da secção. Uma coisa é certa para o treinador: “Considero fundamental a continuidade da modalidade no seio do clube”.