Aos 41 anos, Bruno Ribeiro, que tem largo historial competitivo ao serviço do Vitória FC, é a aposta da Direção da AF Setúbal para comandar a seleção distrital sénior, que em dezembro próximo vai competir no âmbito do Torneio Interassociações “Regiões”, cuja Faze Zonal Sul, será coorganizada pela nossa associação.

 

Em entrevista ao afsetubal.fpf.pt Bruno Ribeiro, técnico de Nível IV, assume que o desafio que tem pela frente é motivador no sentido de poder contribuir com a sua experiência para valorizar os jogadores que atuam nas competições distritais.

Bruno Ribeiro chefiará uma equipa técnica distrital onde constam os nomes de Marco Tábuas, Marcelo Chagas e Ricardo Guerra.

 

 

afsetubal.fpf.pt – Porque é que aceitou este desafio?

Bruno Ribeiro – Primeiro, porque sou setubalense e tenho muito orgulho em representar a nossa região. Depois, porque este honroso convite endereçado pela Direção da AF Setúbal, liderada pelo presidente Francisco Cardoso, surge numa altura em que estava desempregado e esta é uma oportunidade que muito valorizo e agradeço.

Naturalmente, que vai ser em conjunto que vamos tentar fazer um bom trabalho, no pouco tempo que este compromisso vai durar.

Mas, como já referi, estou aqui para ajudar, porque os dirigentes da associação merecem, porque o peso histórico da instituição justifica e porque é em nome de toda uma região, que é também a minha.

 

Motivado?

Com certeza. Como já referi, estou aqui para ajudar e motivação não me falta, que é extensível aos elementos da estrutura técnica que me acompanha, no sentido de fazer um bom trabalho e tentar valorizar os jogadores que atuam na nossa região. Essa é a nossa intenção.

Há jogadores do nosso distrito que podem ter através da nossa seleção uma oportunidade de visibilidade que nunca tiveram. Teremos, também, essa missão, fundamental, de promover atletas para escalões competitivos superiores.

 

Esta é a primeira vez que orienta um seleção…

É verdade. Mas isso não significa que vamos enfrentar uma tarefa totalmente diferente daquilo que já experienciei. Temos um tempo curto para trabalhar até ao arranque da prova, mas o campeonato também começou esta semana.

Vai ser um trabalho exaustivo.

Estamos a apontar o primeiro treino para dia 23. Aliás, devo dizer que já observamos jogadores este fim-de-semana.  

 

Há alguma espécie de ansiedade por começar a trabalhar com os jogadores?

Acima de tudo, estou preparado. Esta tarefa é em tudo semelhante a trabalhar num clube, mas em que o espaçamento dos treinos e a observação de jogadores são particularidades. Mas, temos uma equipa técnica, em quem confio plenamente, que vai ajudar a escolher as melhores soluções para que no final consigamos eleger os 18 jogadores com quem vamos contar para honrar e tentar colocar no topo o nome da AF Setúbal.

 

Enquanto jovem jogador, chegou a representar as seleções distritais da AF Setúbal…

Representei as nossas seleções de sub/13 e sub/15. Recordo que no torneio de sub/15 fiz parte do selecionado que chegou à final da prova, onde acabamos por perder diante a congénere de Lisboa. Foi muito bom, porque essa passagem abriu a porta para uma observação mais atenta, o que me permitiu chegar às seleções nacionais.

 

É esse espírito que vai também tentar incutir nos jogadores com quem vai trabalhar, reforçando a importância de representar a AF Setúbal?

Sem dúvida. Estamos a representar uma região e isso é, desde logo, uma responsabilidade acrescida. É um prestígio vestir a camisola associativa, porque além da honra que é reconhecida é um passo relevante na evolução da carreira. É uma boa rampa de lançamento, porque estes torneios interassociativos têm sempre muitos observadores de clubes e da FPF.

Aliás, eu assisti, há quatro anos, aquando a última participação da seleção sénior, aos jogos da nossa seleção distrital e comprovei isso mesmo.

 

O universo de opções para integrar os treinos, neste caso, é substancialmente maior do que num clube… Em que base vai assentar o critério de escolha?

A disciplina será um fator determinante. Quem já trabalhou comigo sabe que é assim, sou muito exigente neste aspeto, e não vai ser diferente, no sentido de podemos criar um grupo unido. Depois, naturalmente, no devido patamar, a qualidade dos atletas. Não tenho quaisquer dúvidas que o nosso distrito tem jogadores de qualidade e vamos tentar prova-lo.

Garanto que vamos tentar observar o maior número possível de atletas.

 

Para esse trabalho, a colaboração dos clubes através dos treinadores locais será fundamental?

Claramente. É muito importante. Vamos tentar reunir com todos os treinadores dos clubes, por forma a colher o máximo de informações possível e, com isso, ajudar ao nosso trabalho coletivo.

 

Como é que olha para a realidade do nosso futebol distrital?

É sempre possível melhorar. No entanto, temos bons treinadores e jogadores com capacidade para chegar mais acima na competição. O nosso objetivo será também contribuir para esse melhoramento, para que a nossa região seja cada vez mais forte no futebol.

 

Como é que carateriza os elementos da equipa técnica que o acompanham?

São treinadores que formam um conjunto muito unido e que é muito empenhada no trabalho. O Marco Tábuas, que vai treinar os guarda-redes, é um excelente profissional com uma carreira que fala por si.

O Marcelo Chagas é sinónimo de reentrada na AF Setúbal, ele que já assumiu semelhantes funções na última vez ao serviço dos seniores. É um treinador totalmente focado no futebol, sempre disponível, e que tem sido o meu braço direito nos últimos anos.

Por seu turno, o Ricardo Guerra, que começou a trabalhar comigo no ano passado, é um jovem com grande vontade de aprender e tem tudo para evoluir e singrar como treinador.

Estamos muito motivados e unidos para tentar dignificar o futebol do nosso distrito da melhor forma possível.

Vamos fazer tudo para apresentar uma seleção com qualidade e com jogadores motivados por vestir a camisola da AF Setúbal.

 

Refira-se que Bruno Ribeiro representou, enquanto jogador, a Seleção Nacional de sub/21.