A Seleção Nacional de futsal concentrou-se este domingo em Belverde (Concelho do Seixal) e a partir de segunda-feira inicia os treinos de preparação para o duplo compromisso diante da Noruega, a contar para a quinta e sexta jornada do Grupo 8 de qualificação para o Campeonato da Europa Países Baixos 2022.

Portugal lidera o Grupo 8 com oito pontos e quer continuar na liderança que lhe valerá o apuramento direto do Campeonato da Europa, prova que conquistou em 2018.

Entre os 18 convocados de Jorge Braz encontram-se dois jogadores que foram pela primeira vez chamados aos trabalhos da Seleção A, Silvestre e Tomás Paçó.

Em declarações ao site da Federação Portuguesa de Futebol, o ala do Benfica e o fixo do Sporting explicaram que não estavam à espera desta primeira chamada. Os dois jogadores falam de uma época que está a superar as suas expetativas, do trabalho que têm vindo a efetuar da importância que teve para eles integrarem as seleções mais jovens.


Silvestre Ferreira: “Gritei de alegria, corri, chorei…”

O ala do Benfica explicou que soube através dos seus colegas de clube, e agora de Seleção, da convocatória e que explodiu de alegria com a notícia.

“Não esperava, de todo, esta chamada. Mas nós temos de estar preparados para tudo e tenho vindo a trabalhar para conseguir uma oportunidade. Recebi a notícia no grupo [de whatsapp] de jogadores do Benfica – foram o Tiago Brito e o Fábio Cecílio a darem-me a notícia. Estava no sofá a ver televisão e quando recebi a notícia gritei de alegria, corri, chorei… Foi uma sensação ótima. É um orgulho poder fazer parte deste grupo e poder representar a nossa Seleção. Como se diz, o difícil não é chegar cá, o difícil é mantermo-nos. O meu objetivo é manter-me e subir sempre.”

No entanto, o ala de 21 anos não esconde que existe um peso da responsabilidade de representar o país.

“Existe sempre um peso de representar a Seleção. Mas agora não nos podemos focar nisso. Vou tentar desfrutar e divertir-me dentro do campo – nos treinos e nos jogos.”

Com 22 internacionalizações nas seleções jovens (quatro nos sub-17, duas nos sub-19 e 16 nos sub-21), Silvestre reconhece que a passagem na Seleção pode ajudar na integração.

“Já conhecemos as regras, os hábitos e um pouco da forma de trabalhar dos treinadores. A formação faz parte de uma aprendizagem para o mundo dos seniores. Aprendemos muitas coisas e essa formação foi muito boa e muito importante para a nossa evolução.”

Silvestre esteve emprestado ao Eléctrico na temporada passada e esta época regressou ao Benfica para uma época que, não esconde, está a superar as suas expetativas. “Estive no Eléctrico e dei tudo. O Benfica acho que estava preparado para jogar e apostou em mim para esta temporada. Esta época está a superar as minhas expetativas. Está tudo a dar certo e agora é continuar com o bom trabalho. Esta chamada é o reflexo desse trabalho. Fiquei muito surpreendido, mas o objetivo agora é mostrar a minha qualidade para voltar a ser chamado.”


Tomás Paçó: “Sempre trabalhei para alcançar estes objetivos”
O fixo do Sporting não escondeu a “alegria e o orgulho” com esta chamada que considera ser o reflexo do trabalho efetuado e de uma época muito positiva.

“Não estava à espera desta chamada e quando soube fiquei muito contente e orgulhoso. Penso que esta convocatória é o fruto do meu trabalho e isso enche-me de orgulho. Foi o mister Nuno Dias que me enviou uma mensagem a dar os parabéns e a dizer que eu tinha sido convocado. Como já disse, é um orgulho enorme poder fazer parte deste grupo. Portugal é campeão Europeu e estão cá muitos desses jogadores. Este é um grupo com muitos jogadores experientes e cheios de qualidade. Estar neste grupo, nesta família é muito, mas mesmo muito, gratificante.”

O fixo de 20 anos também revela que não esperava estar a ter uma época tão positiva.

“Para ser sincero não esperava que época me estivesse a correr como está. Não estava à espera, mas sempre trabalhei para alcançar estes objetivos. Até agora está tudo a correr muito bem.”

Presente na primeira edição do Campeonato da Europa de sub-19 e com 36 internacionalizações nos escalões jovens (oito nos Sub-17, oito nos Sub-18, 15 nos sub-19 e cinco nos sub-21), Tomás Paçó não esconde a vantagem de ter tido a possibilidade de fazer esse percurso.

“Esse percurso pode ajudar na minha integração neste espaço que é a Seleção A. Felizmente, faço parte de uma geração que teve a sorte de ter sempre seleções para estar. Consegui estar sempre a trabalhar num espaço de Seleção e com esta família. Agora será mais fácil uma integração.”

Tomás Paçó considera que o seu trabalho e a atenção que é tida nele é o reflexo desta  chamada à Seleção A.

“Esta chamada à equipa A significa que o meu trabalho está a ser bem feito e que os técnicos estão atentos ao trabalho que todos os jogadores estão a efetuar, tanto na Liga Placard com no estrangeiro, para poderem chamar os melhores a este espaço.”

A Equipa das Quinas cumpre na segunda-feira os seus dois primeiros treinos. Jogos com a Noruega agendados para dias 12 e 14 de abril (segunda e quarta-feira), no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha.

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Eis a lista de convocados:

Guarda-redes: Bebé (CR Leões Porto Salvo), Edu (Vina Albali Valdepeñas) e Vítor Hugo (SC Braga/AAUM);

Fixos: André Coelho (FC Barcelona), João Matos (Sporting CP), Nilson (SL Benfica) e Tomás Paçó (Sporting) CP;

Alas: Bruno Coelho (ACCS Futsal C Asnieres – Villeneuve), Mário Freitas (AD Fundão), Miguel Ângelo (SC Braga/AAUM), Pauleta (Sporting CP), Silvestre (SL Benfica) e Tiago Brito (SL Benfica);

Universais: Afonso (SL Benfica), Erick (Sporting CP) e Fábio Cecílio (SL Benfica);

Pivôs: André Galvão (CR Leões Porto Salvo) e Zicky (Sporting CP).

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