Com a prestigiada e inédita conquista da Taça da Liga Bronze na Fase Final do Torneio Nacional Interassociações de Futebol Feminino Sub-16 2024/2025, numa seleção de 20 jogadoras, 14 jovens futebolistas deixaram, devido ao limite de idade, de poder representar a AF Setúbal naquele que é o patamar etário mais alto das competições interassociativas organizadas, por esta altura, pela Federação Portuguesa de Futebol.

 

Carolina Coelho, Margarida Gaspar, Stela Cruz, Carolina Janeiro, Maria Filipe, Inês Horta, Diana Almeida, Sara Lopes, Leonor Viegas, Daniela Silva, Marta Lopes, Beatriz Rosado, Rebecca Neves e Camila Brás são as 14 futebolistas (na foto de abertura) que, com maior ou menor tempo de ligação às seleções distritais, cresceram, evoluíram competitivamente, mas também firmaram um laço de afetividade com a AF Setúbal e com todos os técnicos e demais elementos da estrutura associativa.

 

Parte das futebolistas referidas cumpriram os primeiros treinos no âmbito das seleções distritais já lá vão quatro anos. Vestiram a camisola da nossa região em fases zonais e fases finais, em sub-14 e sub-16. Na sequência do trabalho evidenciado nos clubes, com o talento reconhecido e o entusiasmo de jogar à bola, todas foram, e serão, sempre, nomes que fortalecem o historial e a família da AF Setúbal.

 

A emoção com que viveram os derradeiros momentos de ligação à seleção distrital foi bem evidente daquilo que é o sentimento de representar a AF Setúbal e o futebol feminino de todo um distrito. Fizeram amizades para a vida.

 

Despedem-se com brilhantismo, com orgulho. Com uma taça conquistada. Só podia ser assim. São inspiradoras.

 

 

 

Rita Bento, Alícia Pinto, Sofia Duarte, Eliana Semedo, Helena Repolho e Ester Duarte são as jogadoras que continuam a ter oportunidade de representar seleções distritais no âmbito do escalão sub-16.

 

Numa avaliação sobre um percurso encetado lá atrás e que culminou com o fechar de um ciclo, Pedro Santos, coordenador técnico distrital da AF Setúbal, não hesitou em começar por “agradecer a todas as meninas que fizeram parte deste trajeto iniciado em 2021” e “aos clubes pela permanente colaboração na cedência das jogadoras ao espaço de seleção”.

 

 

O responsável técnico, que deixou “um especial agradecimento aos pais/encarregados de educação das jogadoras, sem os quais seria impossível concentrar no Centro de Treinos todas as semanas as meninas para a realização das sessões de treino, alguns a fazer centenas de quilómetros por semana”, salientou que “esta conquista é o culminar de um percurso que valoriza a qualidade do trabalho desenvolvido pelos clubes, pela capacitação dos quadros técnicos dos mesmos e acima de tudo o talento das praticantes no nosso distrito”.

 

 

Nas últimas três edições, a seleção distrital esteve sempre presente na Liga de Ouro. Esta foi a primeira presença na Liga de Bronze, e foi fruto das dificuldades resultantes do alinhamento da Fase Zonal em que a AF Setúbal competiu num grupo com as congéneres de Lisboa e Santarém.

 

“Para muitas destas jogadoras, foi a 4ª presença nesta fase da competição (entre sub-14 e sub-16), pelo que terminar a presença nestes torneios com a conquista de um troféu, é e será, certamente, um momento especial para elas”.

 

Os interassociações são momentos de especial relevância na observação das jogadoras para as seleções nacionais, por parte da estrutura técnica nacional. Pedro Santos, lembra que “várias destas jovens jogadoras, que agora terminam este ciclo, já estiveram presentes em convocatórias para as seleções nacionais, validando o seu talento e reconhecendo o trabalho desenvolvido nos clubes, assim como a melhoria das condições de trabalho”.

 

 

No entanto, o coordenador técnico distrital, não esquece que “uma das dificuldades com que nos deparamos no nosso distrito, está relacionado com a localização geográfica, tornando as jogadoras num alvo de recrutamento fácil para os grandes de Lisboa, dificultando a retenção de talentos no distrito”.

 

De realçar que a seleção de Lisboa que venceu a Liga de Ouro, contou com a presença de duas jogadoras que esta época se transferiram para um grande de Lisboa, e que tinham feito parte das 20 selecionadas da AF Setúbal, na ápoca anterior.

 

“Acreditamos que com a continuada melhoria das condições de trabalho dos clubes nossos filiados, aumentaremos a retenção de talento, mantendo o crescimento no número de praticantes, o número de equipas e, acima de tudo, a competitividade nos quadros competitivos”.

 

 

 

Pedro Santos reforçou felicitações à equipa técnica liderada pela selecionadora Cláudia Cruz, pelo trabalho desenvolvido, agradeceu à Direção da Associação de Futebol de Setúbal por garantir as condições necessárias para o desenvolvimento do trabalho, e deixou uma palavra de agradecimento à anterior equipa técnica liderada pelo mister João Valente, responsável pelo início deste percurso.